Thursday, October 19, 2006

REALISMO

Vou de encontro a realidade: como a produção super-pofissional dos efeitos especiais pós-modernos sinalizam o cotidiano visual coletivo, não posso escamotear mais nada, além do que já foi feito no passado, apenas, respirando fundo, usar da astúcia do Chapolin Colorado. Até a coisa descer mais solta, deslizo este texto pelo espaço melífluo do poder de barganha, tentando encontrar no sistema capitalista soluções adequadas para as velhas questões sociais apontadas pela inteligência nacional. Continuo: como o pregão dos negócios ecoa pelas esquinas da megalópole empobrecida, me deparo com o traçado oblíquo do viés institucional, que transformou a outrora cidade maravilhosa num imenso favelão. Sortilégios da ditadura social, que fez brotar pela porta da abertura democrática, atos falhos de personalidades sem a menor importância política. Purgatório ideológico que os transformistas da memória coletiva usaram como pré-requisito de conversão às regras do mercado de promoções anticomunistas. Só não achei legal movimentar a vassalagem na luta pela ocupação do pódio da resistência social. Conveniência das regras de obediência, regidas pela ação civilizatória do Primeiro Mundo. Movimentação visceral do corpo social em direção a acumulação de lixo tóxico, no caos e no abandono das noções mais elementares de urbanismo. Da crítica pertinente aos labirintos do favelão, sobraram os fatos inconvenientes da intermediação do patrimônio público. Por isto, quando nos falta o pão, sobram razões para esculhambar com tudo... 2003. Aloysio Emílio Zaluar

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